Pular para conteúdo
A-      A+

Notificações no SISS-Geo: Guia Passo a Passo

Conhecendo a notificação

O Sistema de Informação de Agravos de Notificação, conhecido como SINAN, desempenha um papel fundamental na gestão da saúde pública no Brasil. Ele opera em conformidade com a orientação de descentralização do Sistema Único de Saúde (SUS), permitindo que a coleta e o registro de informações essenciais ocorram nas unidades de saúde, desde as mais periféricas até as secretarias municipais e estaduais de saúde.

A maioria das notificações de eventos de saúde é registrada nas Secretarias Municipais de Saúde. Mesmo quando os municípios não dispõem de recursos tecnológicos avançados, os dados são inseridos no sistema por meio das regionais de saúde.

Um componente crucial do SINAN é a Ficha Individual de Notificação (FIN), que é preenchida pelas unidades assistenciais quando surge a suspeita de problemas de saúde sujeitos a notificação compulsória em níveis nacional, estadual ou municipal. Essas fichas são posteriormente encaminhadas aos serviços responsáveis pela informação e vigilância epidemiológica nas Secretarias Municipais, que, por sua vez, enviam regularmente os registros em formato eletrônico para as Secretarias Estaduais de Saúde.

Para evitar a subnotificação e assegurar que o sistema de vigilância esteja alerta, mesmo em casos sem suspeita de doença, as unidades de saúde também preenchem formulários de notificação negativa. A não alimentação do banco de dados do SINAN por dois meses consecutivos pode resultar na suspensão de recursos financeiros destinados à assistência básica.

Além da FIN e da Notificação Negativa, o SINAN disponibiliza a Ficha Individual de Investigação (FII), um roteiro detalhado que auxilia na identificação da fonte de infecção, mecanismos de transmissão e na confirmação ou descarte de suspeitas. O sistema também utiliza planilhas para surtos e boletins de acompanhamento de casos de doenças específicas, como Hanseníase e Tuberculose.

O SINAN é uma ferramenta essencial para o monitoramento da saúde pública, permitindo a identificação da realidade epidemiológica, planejamento de ações de saúde e avaliação do impacto das intervenções. Sua utilização descentralizada promove a democratização da informação, disponibilizando dados para todos os profissionais de saúde e, consequentemente, para a comunidade, contribuindo assim para a tomada de decisões informadas no campo da saúde pública.

Essa página tem como objetivo facilitar a análise da qualidade dos dados no SINAN e o cálculo de indicadores por equipes em diferentes níveis de gestão. Essa análise é crucial para garantir que os dados subsidiem análises epidemiológicas e a tomada de decisões eficazes na área de saúde.

A avaliação é feita através do acompanhamento do encerramento das investigações, da completitude dos campos essenciais nas fichas, dos indicadores epidemiológicos definidos pelo Ministério da Saúde, da regularidade no envio de dados ao Ministério da Saúde e da tabulação dos dados no SINAN usando ferramentas como TabNet e Microdados.

A seguir, apresentaremos um guia passo a passo que mostrará como criar uma notificação no SINAN. Você verá na prática como esse sistema é utilizado para registrar e monitorar eventos de saúde, contribuindo para a saúde pública do país. Siga as etapas abaixo e aprenda a criar notificações de forma eficiente e precisa.

Acessando a notificação

Passo 1: Assim como o módulo de desfecho, a notificação pode ser acessada por usuários institucionais que possuem permissão SUS. Se você tem este perfil, basta ir até o menu “Usuário SUS” e selecionar a opção “Notificações” e depois em “Criar Notificação”.

Imagem

Passo 2: Ao acessar a opção "Criar Notificação", você terá duas escolhas disponíveis. Se o animal já estiver registrado no SISS-Geo, você pode selecionar "SIM" para localizá-lo através do ID e iniciar a notificação.

Imagem

Passo 3: Caso estiver iniciando um registro novo junto com a notificação, escolha "NÃO" para começar o cadastro e, em seguida, prosseguir com a notificação. Imagem

Passo 4: Vamos fazer o passo a passo com um registro já existente.

Imagem

Criando uma notificação

Passo 5: Esta é a etapa inicial da Notificação, na qual você começará preenchendo os "Dados Gerais". Aqui, é obrigatório fornecer as seguintes informações: o "Nome do Investigador", a "Função do Investigador", a "Unidade de Saúde" à qual ele está vinculado e o correspondente "Código da Unidade de Saúde".

Imagem

Passo 6: Em seguida, você precisará indicar se a data de início da epizootia coincide com a data de registro no SISS-Geo. Se ambas as datas forem iguais, basta selecionar a opção "SIM". Se as datas forem diferentes, selecione "NÃO" e insira a data correspondente.

Imagem

Passo 7: Em seguida, é importante indicar se o local da ocorrência é o mesmo registrado para o animal no SISS-Geo. Se for o mesmo local, selecione "SIM". Caso contrário, escolha "NÃO" e forneça as informações necessárias.

Imagem

Passo 8: Em sequencia, informe se a notificação tem a mesma data e hora do Registro SISS-Geo, .

Imagem

Passo 9: Em seguida, você deve fornecer informações sobre as características do local da ocorrência. Se essas informações já foram inseridas durante o cadastro do registro, elas serão preenchidas automaticamente, mas você também poderá fazer alterações, se necessário.

Imagem

Passo 10: Ao avançar para a aba "Animal", você deve inicialmente informar se há relatos de outros animais mortos ou doentes.

Imagem

Passo 11: Caso haja relatos deve ser informados se estavam no mesmo lugar e caso não tenha o feito, deverá criar um novo registro com os animais.

Imagem

Passo 12: Mais adiante, você terá a flexibilidade de editar ou ajustar as informações relacionadas ao animal registrado, caso seja necessário. Importante ressaltar que todos os dados do registro são armazenados em um histórico no banco de dados, garantindo assim que você possa acessá-los para referência futura, sempre que necessário. Isso proporciona um controle eficaz e uma trilha de auditoria completa das informações registradas.

Imagem

Passo 13: Na próxima etapa, você será direcionado para a aba "Fonte da Informação", onde deverá fornecer os dados caso haja uma pessoa ou organização que sirva como fonte de informações sobre o animal registrado. Imagem

Passo 14: Prosseguindo, você será redirecionado para a aba "Suspeita Diagnóstica". Neste local, você deverá inserir as Suspeitas Diagnósticas detectadas, com um limite de até três. Caso a doença detectada não esteja na lista disponível, há a opção "Outra" que permite que você insira o nome dela manualmente.

Imagem

Passo 15: Se alguma das Suspeitas Diagnósticas tiver uma prioridade maior, você pode organizá-las utilizando as setas disponíveis. Basta selecionar a doença e utilizar as setas para ajustar a prioridade conforme necessário.

Imagem

Passo 16: Ao avançar para a aba "Sistemas de Notificação", você poderá inserir um sistema de notificação clicando em "Adicionar Sistema de Notificação". Imagem

Passo 17: Em seguida, é obrigatório informar se se trata do "SINAN" ou de outro sistema. Se selecionar "Outro", um campo adicional será aberto para que você informe qual é o outro sistema. Depois, é necessário fornecer o respectivo número ou identificador do registro.

Imagem

Passo 18: Após clicar em "Salvar", os "Sistemas de Notificação" cadastrados serão exibidos em forma de lista, e você terá a opção de editá-los ou excluí-los conforme necessário.

Imagem

Passo 19: Ao avançar, você chegará à parte de "Coleta de Amostras", onde terá três opções para escolher:

  • "Sim", se houver coleta de amostras que deseja cadastrar.
  • "Não", se não houver coleta de amostras.
  • "Enviado animal para coleta de amostras", caso o animal tenha sido enviado para coleta de amostras, mas a coleta ainda não tenha sido realizada.

Imagem

Passo 20: No caso de haver uma coleta, você poderá adicionar o material biológico coletado clicando no botão azul "Adicionar Material Biológico".

Imagem

Passo 21: Abrirá uma janela pop-up na qual você poderá preencher os dados coletados. Todos os campos são obrigatórios. Começando com a pergunta: "A data da coleta é a mesma da notificação?" Isso busca saber se a data é a mesma, e caso não seja, você pode inseri-la manualmente. Em seguida, terá o campo "Material coletado", onde você pode adicionar informações sobre o que foi coletado para amostra. Depois, o campo "Cadastro do registro no sistema laboratorial" busca saber se já há um cadastro relacionado à coleta, e por fim, o campo "Número/Identificador do registro no sistema laboratorial" deve ser preenchido.

Imagem

Passo 22: No caso de ter sido enviado um animal para coleta de amostras, você deverá preencher a Instituição/Laboratório de destino, a Data do Envio obrigatoriamente, e o nome do Responsável pelo envio.

Imagem

Passo 23: Por fim, na seção de Informações Adicionais, você pode adicionar qualquer informação adicional relevante sobre o animal ou a notificação. Após isso basta clicar em Salvar para finalizar a notificação.

Imagem

Passo 24: Ao concluir a notificação, você terá três opções disponíveis:

  • Editar: Caso seja necessário fazer alguma alteração na notificação.
  • Imprimir: Rascunho: Para revisar a ficha antes de finalizar e imprimir uma cópia de rascunho, se desejar.
  • Finalizar: Ao selecionar essa opção, a notificação será concluída e ficará disponível apenas para consulta, não sendo possível realizar mais alterações.
  • Apagar: Esta opção permite excluir os dados da notificação, caso necessário.

É fundamental ter em mente que, ao criar um rascunho, antes da impressão, um selo d'água será aplicado para identificá-lo como tal. Essa marca d'água permanecerá visível até que você finalize o processo de notificação. Essa medida visa evitar impressões prematuras que poderiam resultar em informações inconsistentes caso haja posteriormente alguma alteração na notificação. Portanto, apenas ao finalizar a notificação, a marca d'água será removida, assegurando a integridade dos documentos impressos.

Imagem

Passo 25: Após a notificação ter sido feita e finalizada, o usuário autor não poderá mais alterá-la. No entanto, ele terá a opção de consultar a notificação. Isso pode ser feito acessando a seção do "Usuário SUS" na parte superior e indo até a seção "Lista de Notificações". Lá, por meio da função de busca (representada pela lupa), o usuário poderá visualizar a notificação e imprimi-la sempre que desejar. Isso oferece um registro acessível e prático das notificações realizadas.

Imagem

Conclusão

Em conclusão, a notificação é um processo essencial no contexto da saúde pública, permitindo o registro e acompanhamento de eventos relacionados a doenças e agravos que requerem atenção especial. Neste guia passo a passo, exploramos detalhadamente como criar uma notificação, desde o preenchimento dos dados do investigador e informações iniciais até a inclusão de detalhes sobre o animal, suspeitas diagnósticas, sistemas de notificação e coleta de amostras.

É importante ressaltar que a notificação é uma ferramenta crucial para o monitoramento da saúde da população, fornecendo dados valiosos para análises epidemiológicas e tomada de decisões em saúde pública. Além disso, ela contribui para a identificação de riscos e a priorização de intervenções.

Em resumo, a notificação é uma etapa fundamental no sistema de vigilância em saúde, permitindo uma resposta eficaz a eventos de interesse epidemiológico. Este guia fornece um roteiro abrangente para facilitar o processo de notificação, garantindo a precisão e a qualidade das informações coletadas.

Perguntas, comentários e sugestões sobre o sistema, entre em contato conosco pelos nossos canais oficiais!


Última atualização: 2023-11-17
Criado em: 2023-10-10